setembro 18, 2009

Eu e o Presidente numa mesa de bar










__Querido presidente, quero externar a minha indignação sobre os assuntos referentes ao nosso Brasil.

Quando dirijo o meu olhar para a janela de meu quarto, vêm aos meus olhos imagens de prédios, de pessoas, mas também, vejo imagens de um céu lindo e fico feliz.


O assunto hoje não é bem este, é outro seu presidente.

Estava saindo do meu prédio feliz da vida, afinal de contas tenho um emprego bom, um carro legal e uma namorada linda (o último quesito eu tinha), como estava dizendo, quando saia à rua, vi algo que fiquei perplexo, era linda, seus olhos refletia a beleza de viver, sua pele seu sorriso eram simplesmente maravilhosos.

Não teve outro jeito senhor presidente, fui atrás dela, passei perto de uma floricultura e comprei rosas brancas como a sua pele, corri e a alcancei.

 Ela disse que o meu ato era lindo, levei aquilo como um elogio, mas foi naquele momento que perdi todas as minhas chances, pois ela virou e disse:

__ Já sou comprometida.

Quando aquelas palavras entraram em meu ouvido, me revoltei comecei a recitar o poema amar do meu grande amigo Carlos Drummond de Andrade, a Avenida Brasil parou, havia centenas de mulheres ao meu redor querendo as rosas que carregava e o meu amor sincero, mas eu queria somente aquela que não me queria, os carros param, as pessoas diziam: “Que lindo!” “Fique com ele” o pessoal do ônibus gritava: “beija, beija, beija!”, mas nada aconteceu e ela se foi.



Chegou o garçom, bateu nas minhas costas e disse:

__ Estamos fechando, e aqui esta a conta.

__ Que isto dez reais e um absurdo.

__ Meu senhor, o Conhaque Presidente tem o valor de nove reais e um real é de gorjeta.


Crédito quando à pintura acima: by João Werner